terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Expressar

Adorava poder expressar-me em Castelhano, amava conseguir comprar uma bola de berlim em Sueco. Iria passar-me se me apercebesse que vendi uma baga de um chacho de uvas em letóno.

Passarei por todas as ruas de Budapeste sem entender patavina de servo-croata, adormecerei ao som de uma balada em finlandês deitado numa praça dedicada ao Sr. João Carlos Fidalgo algures perdida no Benelux.

Cairei numas escadas incrustadas de gelo numa ilha lá longe onde os icebergues brincam e flutuar livremente pelo oceano tais rebanhos que o são. Tentarei a minha sorte com o pobre alemão que disponho, mas o italiano não entende o que lhe vou tentando transmitir e desisto..

Volto-me para o mar, que um dia já foi interior e relaxo num ilha separada pela cultura. Dou um salto à papa-léguas e aterro no país das Helenas, provo parte da cultura árabe ali deixada e retorno ao meu ponto de origem, desejando poder expressar-me em europeu.