quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Eleições…



Tanta barbaridade que se tem dito, que tenho ouvido e ficado completamente abismado com a quantidade estúpida de idiotices que as pessoas comem e nem se interrogam se aquela papa que lhes puseram à frente é verdade, ou apenas um fruto da imaginação muito fértil de alguém…

Após esta campanha só vim confirmar o meu voto, que é um categórico voto no PS. E porquê? Vendo a base dos partidos, o seu essencial, a sua matriz ideológica.

Defino-me como um Social Democrata (não ligado ao PSD) mas à Social Democracia, a ideologia politica do PS, criada a partir da 2ª Internacional, muitos não o sabem, mas o psd era para ser um partido de centro-esquerda, assim como o ps, no entanto, depois “encostaram-se” mais à direita (ver mais no Google ou wikipédia).

À direita do PS, temos o PP e o PSD, com o PP não tenho valores sociais em comum, podendo concordar com algumas politicam económicas, com o psd acontece o mesmo mas mais esbatido.

À esquerda do PS, não os querendo apelidar de radicais, mas já o fazendo.. Não concordo com uma mudança de regime em Portugal, não concordo totalmente com um regime ou um ideal comunista, ou que é necessária uma revolução para conseguirmos que a sociedade se dirija num determinado sentido.

Revejo-me muito em termos sociais com o BE e o PCP, mas o facto destes partidos defenderem uma saída da União Europeia, nacionalizações, perdas de propriedade intelectual e ainda propostas mais extremistas não me levam a ver nestes dois partidos uma alternativa viável. Muitos sabem a história do PCP, sabem claro da história do 25 de Novembro, da tentativa de golpe de estado depois do 25 de Abril para tentar instalar um regime comunista em Portugal certo? Do BE? O que se sabe? Foi um partido que surgiu do nada? Nada disso, o BE surgiu de uma coligação de partidos, em 1999 União Democrática Popular, Politica XXI e Partido Socialista Revolucionário. Este último o PSR surgiu de uma fusão de dois partidos ao Partido Revolucionário dos Trabalhadores e a Liga comunista Internacional (cujo líder era o Sr Louçã), agora com este nome são mais pomposos, mas o discurso é o mesmo. Muda-se a cara, mas as ideias são as mesmas, definitivamente, revoluções e mudanças de regime não é comigo.

Os pequenos partidos, vejo com muito interesse o MEP e o MMS, por serem dois partidos ponderados e não radicais, ao contrário de muitos outros partidos pequenos, que parece que têm de extremizar as posições para fidelizar eleitores. Contrariamente ao que muitos possam pensar, veria com bons olhos uma eleição de deputados pelo MEP e MMS, pois a mensagem deles é construtiva, independentemente de concordar com eles ou não, eles não soam a partidos da oposição, apresentam alternativas, não são radicais nas suas ideologias, pelos planos de governo apresentam-se ao centro ou centro-direita.

Fora a questão das ideologias, há questões que ninguém pode negar, nem dizer que é propaganda do governo.

- A aposta em energias renováveis, temos no nosso território uma das maiores centrais solares do mundo, quando foi construída era a maior, e está previsto construir-se uma outra maior, alcançando o primeiro lugar. Contrariamente ao que muitos dizem temos neste momento +- 30% de energias renováveis no sistema e a aumentar, e deve ser esse o caminho.

- A questão das “Novas oportunidades”, sim é verdade que o programa não está tão afinado como deveria ser, mas não podemos dizer que não é um passo importante e vem colmatar uma necessidade de muita gente.

- As medidas sociais, que tantos criticaram, até vi criticarem o aumento do salário mínimo… o complemento solidário para idosos, o cheque dentista só peca por não ser para mais gente. Também concordo com muita gente que há muito boa gente a receber dinheiro que não precisa, mas isso não é razão para ser contra as medidas, têm é de se aumentar o rigor.

- O simplex, que toda a gente goza, mas que vai efectivamente no caminho da simplificação, podem-me dizer que deveria ir mais longe, e eu penso da mesma forma e é isso que o PS têm neste plano de governo, quer queiram ou não, os problemas todos não são solucionados numa legislatura.

- A criação de um sistema de avaliação para professores, concordo que existem coisas a rever naquele código, no entanto no geral é uma medida positiva e ninguém pode dizer que não.

- Acabaram com as transições automáticas das carreiras da função pública, novamente, há coisas que não concordo, no entanto a medida é positiva!

- Os e-escolas, são muito importantes para quem não tem dinheiro para comprar nenhum computador, pode parecer irrisório para muitos, eu conheço muitos casos que só assim é que têm acesso a um computador

Há varias coisas que não concordo no plano de governo e algumas medidas que eu acho que deveriam ir mais longe ainda, no entanto, penso que é este programa que efectivamente irá fazer seguir Portugal no melhor caminho.

Isto pode ser entendido como mais propaganda, mas eu apenas falo em factos, se quiserem as provas do que digo peçam-na, ou então pesquisai em vez de confiar naquilo que eu digo, ou mais alguém dos diz! Procurai organismos independentes, tentai conhecer pessoas afectadas pelas medidas.