sábado, 20 de fevereiro de 2010

Reino maravilhoso

De nariz gelado anuncio aos céus a grandeza que sinto nos ossos, não é gelo é um aperto enorme da terra que me viu nascer, crescer e tornar um pequeno adulto. Tinha saudades deste aperto tão família que me faz sentir em casa. Um reino órfão de rei, um reino dentro desta jovem república, em ti guardas o futuro líquido colectivo destas gentes, domas o poderoso D'ouro e consegues fazer o Tua e o Sabor serpentear entre os teus dedos, chamam-te montes, albergas no entanto a tua maior beleza nos teus largos vales.

Translúcido no inverno assim como um cristal, brotando de vida em Março, aumentando a temperatura até ao calor tórrido dos teus Verões, tenho saudades de explorar e me perder nos teus prados, sem mapas e sem horas , procurando um lugar para assistir ao belo espectáculo que proporcionas no cair do sol nessas tardes de outono. Anseio o dia de amanhã.

Homem das ondas

Mesmo sem o planeares malevolamente, conseguiste com as tuas meras palavras abalar o meu espírito erguido com batólitos poderosos, isso merece o meu sincero respeito. Mas meu senhor das ondas, existe tanto que tu desconheces, tanto que não queres ver.

Presumes-te rodeado por gente quando na realidade encontras-te atolado em orgulhos parvos das pessoas mesquinhas que juntas ao teu lado sem que te apercebas. Algum dia vais acordar para a realidade, o que faz um carro bom, não é a velocidade que o motor atinge. Assim que esse pesadelo acabar, estarás na tua cama na torre desse castelo de xisto e nesse preciso momento serás deslumbrado por toda a luz que se encontra prestes a abandonar-te.

Não preciso, como nunca precisei da tua aprovação, muito tempo desperdicei tentando mexer essas pálpebras, hoje já não me importa que não consigas adquirir realidade.

I could say - Lily allen

Homem dos calhaus

E é com extremo orgulho que deixo que me apelidem dessa maneira. Sou e sempre fui um geólogo amado, por mais que aprenda, por mais conhecimentos que consiga angariar neste conjunto de células cinzentas, haverá sempre espaço para a descoberta, para aventura, para o coleccionar de novas sensações.

Divergi tal placa continental boiando em cima de um mar de leva por esses oceanos tentando encontrar o meu lugar neste mundo em constante mudança. Vejo-me nos sonhos recordando aquele laboratório odiado por muitos, repleto de excelentes lembranças para mim, irá fazer um ano que não coloco lá os meus pés e já sinto a sua falta, o seu conforto duro da sua solidão, as horas passando lentamente À medida que olho pela íris dessa força da natureza que originou tal beleza.

Tão perfeito e tão puro mesmo quando a sua essência diz o contrário, como podem outros olhos ver de maneira diferente tamanha beleza? Será dos meus olhos ou estarão todos os outros turvos e cegos de indiferença?