sábado, 26 de maio de 2007

Novo folgo na Indústria de Extracção


Governo apresenta 230 milhões de euros de projectos para sector mineiro



Ávido de investimentos e vítima do desinvestimento, nos últimos anos, o sector mineiro ganha agora uma nova dinâmica em Portugal. Um facto a que não são alheias as subidas das cotações de alguns dos metais nos mercados internacionais, impulsionadas, sobretudo pelo crescimento económico da China e Índia (ver caixa na pág. 13 e 18).

Assim, o Governo apresenta hoje um conjunto de 24 projectos de investimento para o sector, que visam a pesquisa, exploração e produção de vários recursos: desde as pastas cerâmicas e argilas, ao zinco, volfrâmio, estanho, ouro e prata, bem como águas.

Os projectos em questão envolvem um investimento total de 230 milhões de euros e podem gerar cerca de 770 postos de trabalho.

Os contratos de investimento serão assinados às três da tarde no Ministério da Economia. Mas, segundo fonte oficial do ministério, nenhum dos projectos receberá ajudas públicas.

A entrada em actividade das minas de Aljustrel e o reinicio da produção de ouro são alguns dos destaques dos investimentos em questão.

No Conselho de Ministros de ontem o Governo aprovou um dos maiores investimentos desta lista de projectos, precisamente aquele que tem por objectivo o relançamento das actividades do complexo mineiro de Aljustrel, representando um investimento da ordem dos 80 milhões de euros (ver caixas em baixo).

Depois de quase 15 anos de suspensão da actividade produtiva a Eurozinc, empresa Canadiana, que detém a quase totalidade do capital de três empresas portuguesas com actividade no sector (Somincor, Pirites Alentejanas e AGC) chegou a um acordo com o Estado português e vai investir em infra-estruturas e lavaria de minas.

Recorde-se que a actividade das minas têm sempre um grande impacto nas localidades onde se instala. Neste caso, a localidade beneficiada é Aljustrel. O projecto tem o mérito, segundo o Governo, " da valorização e aproveitamento de recursos endógenos, nomeadamente minérios de metais base da faixa piritosa ibérica, a contribuição para o incremento do valor bruto de produção e exportações nacionais de recursos minerais e a diversificação da produção nacional de minérios minerais metálicos, através da modernização e relançamento da exploração de concentrados de zinco e chumbo". Mas também irá contribuir para "a redução de assimetrias regionais com indução no rendimento per capita da região, e para a criação de 100 postos de trabalho directos e a manutenção de um número importante de postos de trabalho indirectos naquela região".

Quanto à produção de ouro, inexistente no País desde o encerramento das minas de Jales, na região de Trás-os-Montes, conta agora com os investimentos de duas empresas: a Iberian Resources, australiana, e Kernow Mining Portugal, canadiana. A primeira avança com um projecto para a zona de Montemor-o- -Novo e a segunda para uma região nas proximidades das minas de Jales.

De Oliveira Produções


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