sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Aqua Aer Ignis Terra

Pensamentos feitos de água, vêm como algo extremamente corrente e vão pelo caminho mais rápido e nada os consegue parar por muito tempo. Apresentam-se com uma brutalidade no trato e é também com facilidade que se desvanecem, evaporando-se no ar, formando nuvens de pensamentos à espera de originar uma nova descarga de ideias, vão solidificando à media que esfriam...


Acções de ar, muitas vezes desaparecem como uma pequena brisa num quente dia de verão, não deixando memória da sua existência. Outras vezes são tão intensas com um poderoso tornado, fazendo girar tudo à sua volta. Quando associadas a pensamentos podem originar uns verdadeiramente impressionantes furacões que tudo à frente levam quando se lhes depara um obstáculo à frente.


Língua de fogo, apelidada por muitos com a maldita, a inconsequente, a impulsiva e por outros vista como a honesta, a afiada a angélica. A verdade é que ela acarta todas essas características, e combina-as, nem sempre na melhor maneira, mas há um certo equilíbrio um certo domínio na sua personalidade que eu ignoro ainda por completo.


Todo eu sou terra... Firme com um batólito de granito são, com um orgulho estúpido, quase juvenil alheio a todos os factores que vão desgastando, corroendo, enfraquecendo. A antes poderosa montanha sólida, torna-se nada mais do que um monte de solo.. Solo que é compactado sob o seu próprio peso e ganha novamente a solidez que detinha anteriormente sob forma de bloco de granito..

Feitos de ciclos e conjuntos de pensamentos e actos, assim somos nós a nu...

Edíficio


Lidar com a desilusão é sempre difícil, é ainda mais difícil quando estamos a falar de uma vida humana.Por vezes é difícil distinguir entre as situações de vida e morte, daquelas que efectivamente não o são. Será preciso uma visão extremamente apurada para os conseguir distinguir a olho nu, passa-me pela cabeça.

Não sei como é que os profissionais de saúde conseguem viver santo dia após santo dia presos nesta realidade medonha aos meus olhos. Se existe profissão/profissões que eu nunca pensaria ou conseguia sobreviver com, seria mesmo essas ligadas aqueles edifícios tão brutalmente adorados por mim...

Poços de infecções e doenças, nada contra, sempre que preciso vá me digiro a essas estruturas nas nossas cidades, embora ultimamente e por força da história tenho fugido das proximidades de tais instituições de segurança à saúde pública.

Todo este paleio deu-me uma fome... Vou fumar :P