quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Controlando

Nesta ilha solitária, que é a melhor metáfora para designar a minha mente, encontro-me a escrever, deslumbrando ao longe a natureza fazendo das suas, sedimentando, erodindo, tentando alcançar este pequeno pedaço rochoso,tentando impondo terreno à água que se desloca rodeando-me. As correntes repletas de sedimentos tentam criar pontes, tentam formar uma península, tentam alcançar-me, tentam uma ligação ao mundo exterior.

Não existindo embarcações, não há jangadas possíveis, tenho de ter uma paciência quase infernal para poder esperar pela passagem do tempo, para poder efectivar o meu contracto com esse núcleo magmático. Lentamente o meu anterior vínculo à fraga está a desvanecer e mais uma vez há aglomerados brancos no céu em debandada e sol timidamente acordando todas as folhas para o trabalho.

Anseio, espero e desejo...

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

17 e 30


Encontro-me tão perto desses números, porém sinto-me tão alheio a eles, tanto, que não os encontro presentes na minha mente, e tudo o que significam para mim. Quanta ansiedade estes números me foram causando ao longo dos tempos, quantas vezes me encontrei congelado nas minhas acções por causa destes números perfeitamente desprovidos de qualquer pressão induzida.

Vejo-me agora perante este acto inanimado de me deslocar para perto desses números, e a agonia começa a instalar-se, um leve tremer de perna releva os mais profundos sentimentos no meu inconsciente. Levemente vou apercebendo-me de toda a tensão que se começa em todos as células do meu, agora, mais pequeno ser. Não havendo volta a dar, estou a preparar-me psicologicamente para uma das viagens de C4 mais importantes que irei dar nos últimos tempos, ou dei algum dia no mês de Dezembro.

O meu pré-destino é a purificação debaixo de uma circulação de vapor quente preparado para o efeito, e a libertação de determinadas células que já não servem a todo o agregado. De seguida, um dos melhores uniformes me esperará para me dirigir a todo o vapor de encontro com os números inquietantes...


Proporcionalidades


Segundo um recente estudo de cientistas e engenheiros muito conceituados, a diminuição da temperatura é directamente proporcional ao aumento da felicidade, se isso envolver os flocos brancos que caem do céu, por outro lado, se não houver esse factor catalisador da satisfação a relação que se encontra é completamente oposta a essa descrita a cima.


9 graus célsius depois caíram as gotas do céu, uma clara mudança de atitude das pessoas foi notoriamente encontrada pelas ruas lineares, com a sua calçada ainda gelada pelo dia anterior. Restam as lembranças daquele dia e a vontade de viver mais dias assim.

Fica aqui a imagem que era vista pela janela do meu quarto, após ter começado a dissolver-se o manto que durante a noite cobriu esta cidade.

domingo, 20 de dezembro de 2009

Sol posto


No horizonte vejo os últimos raios de sol, ou serão os primeiros raios a enrromper essa linha? Mas uma vez perco-me pelas horas do dia e deparo-me com este quebra-cabeças muito próprio meu, como vou eu distinguir que o que está diante as minhas pupilas é o principio da noite que irá ser coberta de um manto de luz prateada, ou será apenas o final do dia quente, radiante, pejado de raios dourados?

Limito-me a desejar o mais absurdo, a esperar que seja um final, uma derradeira conclusão do dia esplendoroso que vivi, para todo o começo existe um final e porque não um final memorável? Um fecho a uma história que já se prolonga por vários milhares de anos a mais do que devia. Não se calcula bem como começou, mas é perfeitamente dedutível como poderá finalizar, ou como se esperaria que ocorresse.

Nesta altura do ano, os pequenos botões de flores já há muito se deterioraram nos planaltos inclinados, deram lugar ao frutos, que vão do mais negro ao verde Olivina, estando prestes a ser colhidos dos seus ramos. Quantas e quantas árvores desta espécie já não floresceram diante dos meus jovens olhos. Dou-me por muito contente por ter oportunidade de ver outra nascer naquele mesmo lugar.

2009 ou então, zweitausandneun, assim me despeço de ti, deixando as minhas mais humildes esperanças no próximo Janeiro e num recarregamento completo de baterias para as próximas batalhas que se irão travar por terras do sal.

Atenciosamente,
Sonasche
Zac
Za
Carias
Zacarias

Help, I'm alive by Metric

Esta música em especial ajudou-me nas noites mais difíceis da minha vida recente, convosco partilho:

Eu adoro esta letra, representa muita coisa para mim, há uma parte que eu coloquei a cheio e de a verde, que eu adoro, para não dizer amo, e também é por isso que ela está no header do blog e em muitas das minhas pseudo-criações esquisitas.

Deixo-vos a oportunidade de conhecerem acusticamente a música que eu adoro.






I tremble
They're gonna eat me alive
If I stumble
They're gonna eat me alive

Can you hear my heart beating like a hammer?
Beating like a hammer?
Help, I'm alive, my heart keeps beating like a hammer
Hard to be soft
Tough to be tender

Come take my pulse, the pace is on a runaway train
Help, I'm alive, my heart keeps beating like a hammer
Beating like a hammer

If you're still alive
My regrets are few
If my life is mine
What shouldn't I do?
I get wherever I'm going
I get whatever I need
While my blood's still flowing
And my heart still beats...
Beating like a hammer
Beating like a hammer

Help, I'm alive, my heart keeps beating like a hammer
Hard to be soft
Tough to be tender


Come take my pulse, the pace is on a runaway train
Help, I'm alive, my heart keeps
Beating like a hammer
Beating like a hammer

If you're still alive
My regrets are few
If my life is mine
What shouldn't I do?
I get wherever I'm going
I get whatever I need
While my blood's still flowing
And my heart still beats...
Beating like a hammer


Help, I'm alive, my heart keeps beating like a hammer