sábado, 26 de dezembro de 2009

A preto

A preto escrevo, a preto pinto, a preto canto. Canto sobre as experiencias, sobre pensamentos, sobe ideais. Mais personalizado não poderia ser sem recorrer ao meu próprio sangue. Hematócitos negros que saem da minha mão e dão o corpo ao que quero transmitir, tão humildes se apresentam isoladamente, e tão complexos os vejo em conjunto diante do meu olhar. Mania do não-azul fiu-me induzida pelo meu primeiro amor, hoje muito mais do que isso, uma verdadeira amiga.

Como viveria eu sem esta esferográfica? Sem dispor da capacidade de escrutinar os meus mais profundos pensamentos utilizando a escrita? Certamente em doido me tornaria. Serviço público privado é o que designo ao que significa este mero acto de transpiração do meu inconsciente para o papel.

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