terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Symmetry - Mew

A Árvore de...


Vejo-me de fronte à majestosa Senhora do mais belo monte de coisas puterfactas que só podem ter sido origninárias das mais potentes partes do físico humano, claramente o que é aqui descrito é o que designado por cérebro mais coloquialmente.

A ti, tudo o que te é apresentado diante dos olhos é apenas uma pequena parte do que verdadeiramente existe, tudo o que te dizem que és capaz de efectuar é apenas uma pequeníssima parte do que realizarás por iniciativa própria.

Não caias no erro de acreditar em velhos de Lisboa, mestres no mau augúrio, tu tens as capacidades, a disponibilidade e não dispões da visão-curta dessas tartarugas de pensamento para deixares uma valente marca nessa parede de tijolos feitos com argila pobremente condensada.

Todos os frutos dessa árvore são uma célebre lembrança de tudo aquilo que a árvore consumiu para se tornar o que é, o que foi e o que alguma vez será. Quanto daquilo que absorvemos permanece connosco e qual será a quantidade, objectivamente falando que transmitimos para os outros seres?

Ryte (Morning) - Jurga

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

"Nem tudo vai mal no reino de portugal!"

Tantas e tantas ondas que se passaram desde que o outro se perdeu em terras marroquinas e que supostamente voltará a terras do Al-Garb AL-andaluz numa manhã de nevoeiro e mesmo assim ainda existem pessoas pela sua ingenuidade esperam por ele, ou por outro símbolo da preguiça...

É claro muito mais fácil deixar outros idiotas arcar com o trabalho pesado, com as rugas na cara e as brancas na barba do que simplesmente preocupar-se. É sempre mais fácil ficar sentado na esplanada da vida e ficar a rir dos pobres coitados que efectivamente andam na labuta por todos. É mais fácil apontar erros na composição de inglês do que apresentar os termos correctos a usar.

Poderia ficar aqui a noite inteira a descrever o quanto a nossa sociedade tanto a portuguesa como a mundial se torna apática, ignóbil, desprezível quando deparada com questões verdadeiramente fundamentais, elas vão lentamente e agonizantemente afundando-se na depressão.

A depressão que Portugal vive desde o outro senhor, que já deve estar terrivelmente bronzeado é limitadora chega a ser ofuscante. Crendo-se no que vêm da velhinha caixa quadrada, Portugal vai-se tornando cada vez mais num dos piores países para se viver neste nosso mundo... É ridículo a estupidez que vai no nosso pensamento colectivo.

Poderíamos estar muito melhores, é a verdade absoluta, mas também não somos Somália nenhuma!

Não devemos dormir à sombra de uma bela tarde de verão, mas também não é sempre Inverno!

O Infante

Foi-me perguntado a verdadeira história pela qual escrevo de "maneira extremamente esquisita" para parafrasear, deixo aqui uma grande pista...

"Mar Português

I
O Infante

Deus quer, o homem sonha, a obra nasce,
Deus quis que a terra fosse toda uma,
que o mar unisse, já não separasse,
sagrou-te, e foste desvendando a espuma,

E a orla branca foi de ilha em continente,
Clareou, correndo, até ao fim do mundo,
e viu-se a tera inteira, de repente,
surgir, redonda, do azul profundo.

Quem te sagrou criou-te português
do mar e nós em ti nos deu sinal.
compriu-se o Mar, e o Império se desfez.
Senhor, falta cumprir-se Portugal"

in Mensagem, Fernando Pessoa